02/07/2025

Stakeholders: um olhar além do consumidor final

Em nosso último episódio da série Seu Porto no Futuro, convidamos Adcley Souza para o bate-papo. Adcley atua no mercado automobilístico há 25 anos e, nas empresas que trabalhou, precisou aprender a detectar e suprir necessidades de vários públicos que elas atingem.

Nessa live, falamos sobre os diferentes públicos que as marcas se relacionam, os stakeholders de uma empresa. Conversamos sobre como gerir diferentes expectativas, quais são as expectativas de cada público e formas de atender essas partes interessadas na marca.

O que são os stakeholders?

Stakeholder, são as partes interessadas na empresa. Embora o consumidor final seja a principal figura que nos vem à mente quando pensamos em público, outros atores também entram nesse conglomerado. Fornecedores, acionistas e concorrentes são outros exemplos de partes interessadas.

Além dos já citados, a comunidade e o governo também são stakeholders, pois marcas podem impactar na sociedade gerando empregos, na própria contribuição governamental e de outras formas. O olhar dos acionistas também é um ponto necessário a ser levantado, pois, são muito interessados nos resultados, impactos e reputação da marca.

A relação entre branding e stakeholders.

De maneira geral, o branding é a construção de marca que consigue atingir todos os públicos interessados nela de maneira coesa. Traduzir a essência da marca e garantir que ela atenda a diferentes públicos, com suas diferentes expectativas, também é uma tarefa de construção da marca.

Essa comunicação precisa impactar de maneira uniforme todos os públicos. Uma empresa vista como acolhedora e humana por seus consumidores, não pode tratar seus funcionários de maneira diferente, por exemplo.

Essa consistência na personalidade da marca é muito importante no relacionamento com todos os públicos. Quando o posicionamento da marca entre seus stakeholders é instável, o resultado é uma imagem que demonstra fraqueza e que faz com que as pessoas se sintam enganadas.

Funcionários e futuros candidatos são públicos de interesse.

As transformações geracionais trouxeram uma significativa mudança na forma com que as marcas se comunicam com seus funcionários. Sempre houveram marcas que desejavam manter uma boa comunicação com os colaboradores ou serem vistas como boas empresas para trabalhar, mas isso tem tido evidência nos últimos anos.

A busca por talentos é incessante. Todo mundo quer o melhor profissional para desempenhar uma tarefa, portanto, saber se comunicar com esses indivíduos — sendo eles funcionários da empresa ou não — é essencial.

Com o avanço da internet, ficou mais fácil acessar o LinkedIn e relatar uma má experiência como funcionário(a), desencorajando que novos talentos queiram fazer parte da equipe. É claro que oferecer um espaço de trabalho saudável é a principal forma de evitar que ocorra isso com a sua empresa, mas a forma com que a comunicação é feita com esse público também faz diferença.

Uma boa comunicação interna e a constância no posicionamento, ou seja, tratar o funcionário tão bem como o cliente são maneiras de manter esse público de interesse mais próximo da marca. As marcas precisam ser fiéis ao seu propósito.

Grandes marcas estabelecem relações a longo prazo.

Demonstrar para onde a empresa está caminhando é uma forma de esclarecer as informações que os públicos precisam para construir uma relação com a marca. Em nosso bate-papo, Adcley nos disse que existem diversos públicos que desejam saber sobre a visão de longo prazo da empresa.

Todos querem — ou ao menos precisam — dessa relação duradoura e estável. Funcionários querem que os empregos durem, da mesma maneira que os investidores precisam confiar na marca para que a relação se mantenha. Marcas instáveis não conseguem transmitir confiança.

Marcas devem atingir seus stakeholders positivamente.

Perguntamos ao Adcley como as empresas podem atingir seus públicos de forma positiva e assim, mudar a sociedade. Trazendo como exemplo a empresa em que trabalha, a fábrica de caminhões DAF, ele nos disse que algumas iniciativas podem trazer esse resultado.

A DAF tem tido iniciativas para aproximar as universidades da fábrica, incentivando os estudantes a desenvolver seu conhecimento técnico e científico na empresa. Essa é uma maneira de fazer parte de avanços tecnológicos que trazem retorno à comunidade.

Saber o papel da empresa na sociedade — como o impacto que a DAF tem na questão do transporte no país — e encará-lo com responsabilidade é fundamental para as transformações sociais. Além do papel social, as marcas têm significado para todos os stakeholders, portanto, devem utilizar essa potência de forma consciente com objetivo de impactar seus públicos de maneira positiva.

Construa uma marca positiva para todos os seus Stakeholders. 

Esse foi mais um episódio da nossa série Seu Porto no Futuro que ocorre toda segunda lá no Insta da Porto. 🙂

Fique atualizado:

Apontar para o mesmo lugar e construir o caminho até lá, juntos. Essa é a nossa relação com nossos clientes.

Carlos Tavarnaro.

Diretor Tavarnaro Consultoria Imobiliária

O trabalho de branding ficou irretocável, motivou e engajou nossos colaboradores. A leveza da comunicação foi aprovada pelos clientes antigos e os novos passaram a se identificar mais com o nosso posicionamento.

Luciano Döll.

CEO InbixVentures

A metodologia ofertada para criar a identidade da marca com todas as suas perspectivas permitiu que, além da marca, nós mesmos nos identificássemos como negócio. Sabíamos que não havia chance de erro e que se houvessem ajustes seriam de sintonia fina.

Miguel Sanches Neto.

Reitor UEPG

O fundamental para o projeto de branding era unificar as duas marcas que a instituição utilizava e comunicar um modelo mais moderno de administrar. O processo de desenvolvimento foi longo e precisou de amadurecimento, porém a adesão instantânea à ela mostrou que ele foi muito exitoso.