Com os impactos da pandemia, a necessidade de traçar novas estratégias para engajar equipes à distância se tornou um desafio. Pouco a pouco, o contexto começou a melhorar, mas para muitos um modelo de trabalho passou a ser o novo normal, o modelo híbrido.
Para entender como gerenciar times de alta performance de forma híbrida, convidamos Murillo Gamba, Fundador da Webfloat e Take Delivery. Neste episódio da série Seu Porto no Futuro, falaremos sobre as estratégias que Murillo adotou para manter seu time engajado e organizado durante e após a pandemia.
Murillo nos disse que já havia interesse em aplicar o modelo híbrido, mas foi com o início da pandemia que o desejo de aplicar o trabalho à distância se tornou uma necessidade. No início, houve preocupação com a entrega dos colaboradores — uma preocupação comum entre gestores. Visando manter a produtividade e organização já estabelecidas no trabalho presencial, é comum que a gestão assine pacotes para gerenciar o time, mas para dar o start, também deve-se considerar outras coisas.
Canal de comunicação: é preciso pensar em um canal para se comunicar com a equipe de maneira síncrona e assíncrona. De forma geral, a comunicação síncrona é aquela que acontece de forma instantânea, ou seja, em uma reunião ou ligação à distância, onde os dois indivíduos estão tratando do mesmo assunto e se comunicando no mesmo momento. Assíncrona diz respeito a e-mails e mensagens, das quais você pode enviar em um momento, mas o colaborador responde quando puder ou quiser.
Metodologia: Murillo nos disse que há flexibilização de horários nas suas empresas, mas que o método adotado por eles exige alguns compromissos. As metodologias são a forma com que organizamos os times de forma estratégica para manter o fluxo de trabalho. Na Take Delivery e na Webfloat, Murilo adotou o método de squad com liderança — definir um líder para cada grupo de 6 a 10 pessoas — onde toda segunda-feira às 9h da manhã, os líderes participam de uma reunião.
Cada reunião semanal tem como objetivo realizar um check-in das metas estabelecidas na semana anterior, considerando questões técnicas, culturais (perfil de cada pessoa e suas questões pessoais) e autoavaliação do colaborador. Posteriormente, a reunião de metas e avaliações acontecem entre os líderes e seus respectivos squads. Esses encontros diários geram um banco de dados que compõe o fechamento semestral e possíveis bonificações.
Murillo nos falou sobre como a aplicação da metodologia OKRS, — desenvolvida por Andrew S. Grove, CEO da Intel — compartilhada através do livro Gestão de Alta Performance colabora para a elaboração de metas a longo, médio e curto prazo. Com ela, é possível estabelecer metas que a empresa quer atingir naquele ano, dividindo em trimestrais para os líderes e semanais para a equipe, por exemplo. Imagine que essa é uma divisão que considera um planejamento estratégico, tático e por fim, operacional.
Cada empresa pode adotar a metodologia que mais convém às suas necessidades e dos colaboradores. Os métodos são ferramentas que devem ser testadas e adaptadas considerando o contexto e os objetivos de cada negócio.
Perguntamos como a empresa pode incentivar a equipe a desconectar o pensamento das demandas, algo que pode ser mais recorrente no trabalho remoto, visto que a casa, o lugar mais íntimo das pessoas, se torna o ambiente de trabalho. O convidado ressaltou que é preciso criar intimidade com os colaboradores.
A intimidade contribui para que o time se sinta confortável em dividir suas questões pessoais, cria vínculos e amizades na equipe. Além disso, outra medida para promover esse ambiente saudável é aproximar as pessoas do mundo físico, estimulando a interação presencial. Desde a saída para ir até à academia, os encontros com amigos e confraternizações da própria empresa, o contato físico precisa ser incentivado, para que a vida não se limite ao digital.
Os sistemas rigorosos que não dão abertura para que os colaboradores se sintam íntimos para expor e resolver suas questões pessoais, tendem a perder a oportunidade de perceber como está a sua relação com a equipe. Quando não há abertura, o vínculo com bons funcionários entra em risco, abrindo margem para pedidos de demissão originados da falta de acolhimento.
Perguntamos quais são as características que tornam um líder forte. Nosso convidado considera que um bom líder precisa ser empático, curioso e um exemplo para os seus liderados.
Empatia
A empatia é necessária para entender o perfil de cada pessoa, compreendendo que os seres humanos têm suas particularidades e uma forma pessoal de agregar aos projetos. Líderes fortes têm a capacidade de entender que não é efetivo fazer com que todo mundo trabalhe da mesma forma e extrair o melhor de cada perfil para uma tarefa.
Curiosidade
para se manter por dentro do que está acontecendo e estar de prontidão para ajudar a equipe de forma ágil. A curiosidade também é responsável por manter o líder atualizado para trazer novas ideias e iniciativas que contribuirão com o time e projetos.
Exemplo
Extrair o melhor dos liderados só pode ser feito com um bom exemplo de liderança. É preciso ensinar e estimular a equipe a resolver desafios, sem cometer o erro de tentar resolver sozinho, tomando tudo para si.
Para encerrar nossa conversa, perguntamos como o Murillo acredita que o modelo de trabalho híbrido pode ajudar as empresas, os colaboradores e a sociedade.
Nosso convidado nos disse que o modelo híbrido pode colaborar na economia de recursos de transporte, além de aliviar o fluxo de pessoas se locomovendo para cumprir suas necessidades diárias.
O trabalho remoto também colabora com o bem-estar das pessoas, visto que elas têm mais tempo para cuidar do si, em um ambiente confortável e acolhedor. Além disso, a flexibilidade de localização geográfica permite que os colaboradores trabalhem de onde quiserem, como nômades digitais ou adquirindo experiências em viagens com tempo determinado.
Outra grande vantagem do trabalho remoto é a liberdade geográfica para os profissionais encontrarem trabalho e até mesmo, para as empresas conseguirem clientes de todo lugar do mundo. Com a presença e adequação dos processos para o ambiente digital, as possibilidades de atuação aumentam muito.
Esse é um breve resumo da nossa conversa sobre Gestão Híbrida com Murillo Gamba para a nossa série Seu Porto no Futuro. Confira a conversa na íntegra no nosso canal do Youtube. 🙂
Carlos Tavarnaro.
Diretor Tavarnaro Consultoria Imobiliária
O trabalho de branding ficou irretocável, motivou e engajou nossos colaboradores. A leveza da comunicação foi aprovada pelos clientes antigos e os novos passaram a se identificar mais com o nosso posicionamento.
Luciano Döll.
CEO InbixVentures
A metodologia ofertada para criar a identidade da marca com todas as suas perspectivas permitiu que, além da marca, nós mesmos nos identificássemos como negócio. Sabíamos que não havia chance de erro e que se houvessem ajustes seriam de sintonia fina.
Miguel Sanches Neto.
Reitor UEPG
O fundamental para o projeto de branding era unificar as duas marcas que a instituição utilizava e comunicar um modelo mais moderno de administrar. O processo de desenvolvimento foi longo e precisou de amadurecimento, porém a adesão instantânea à ela mostrou que ele foi muito exitoso.